Como o lema da juventude era o prazer da velocidade, no ruído ensurdecedor da motocicleta, o vento batendo no rosto e a máquina obedecendo ao comando, o jovem começava a manifestar no mesmo ritmo alucinante do Rock and Roll. Quase sempre, os jornais como a Folha de São Paulo, pioneira na impressão offset a cores no Brasil, veicularam notícias sobre protestos que foram espalhado pelo mundo afora em um mesmo lema social: contra a guerra e a repressão, contra o racismo, e ao mesmo tempo pela paz, pelos subdesenvolvidos, pelos pobres.
Certamente, uma das boas notícias que foi divulgada por jornais da época, tanto internacionais como os nacionais, por exemplo, o Jornal do Brasil foi o acordo assinado entre Estados Unidos e União Soviética pelo desarmamento da era atômica, proibindo experiências nucleares. Desse modo, é um acordo para o fim da chamada guerra fria, sendo esse fato merecedor de inúmeros artigos jornalísticos pelo mundo, inclusive em telejornais.
Além da grande variedade de bons jornais escritos espalhados pelo mundo afora, nos mais diversos países e cidades, os telejornais ganham grande impulso e começa a levar os acontecimentos mais rapidamente para os lares e as escolas brasileiras, como por exemplo, a independência política a 19 países da África (MARQUES, 1997).
Por outro lado, politicamente nem tudo foi tranqüilidade nessas duas décadas, exigindo da sociedade movimentos culturais contra as guerras como o Movimento Hippie contra a Guerra do Vietnam, deixando no planeta um dos mais famosos temas: paz e amor. Esse movimento foi também chamado de contracultura, mas que viram no Rock and Roll uma forma de reinvidicar a paz pelo mundo. Essas e outras manifestações culturais também deve ter sido muito noticiado por jornais, telejornais e revistas como a Time, O Cruzeiro, Manchete.
Outro fato que comprova que nem sempre a política foi harmônica entre os países e no interior dos próprios países, são assassinados três lideres norte-americanos: John Kennedy, Martin Luther King e Bob Kennedy. Em virtude desse contexto, é provável que os textos sobre essas mortes tenham sido divulgado em jornais, telejornais, revistas, como a Veja e a Revista do Rádio e TV. Esta ultima revista foi lançada até inicio de 1970.
O grande agitador Che Guevara, que muito influenciou os jovens pelo pensamento de liberdade, sem o apoio dos partidos comunistas morre em 1967 na Bolívia, sem implantar o socialismo na América Latina. Por ser uma figura muito apreciada pela juventude, sendo estampado em camisetas até hoje, o argentino Ernest Guevara, apareceu em vários contextos como panfletos, biografias, murais, até chegar às salas de aula, como parte integrante da história, presente no livros, poemas e musicas.
Um acontecimento religioso que merece destaque, nessa mesma época é o falecimento do papa João XXIII (em 1963) e o papa Paulo VI, contrário a toda a política do vaticano, deixa a Itália e vai à Terra Santa no Oriente Médio (BURNS, 2005). Certamente, esses e outros fatos relativos a religião devem ter sido alvo de reportagens pelo mundo inteiro, e divulgadas em jornais como por exemplo no Estado de Minas, que comemorou 80 anos de existência em 2008.